Já imaginou cruzar o Atlântico, explorar ruas encantadoras na Europa ou se perder nas cores vibrantes do Sudeste Asiático — tudo sem quebrar o cofrinho? Viajar para o exterior costuma ser visto como um luxo, mas a verdade é que, com planejamento e algumas estratégias inteligentes, é possível viver experiências inesquecíveis gastando muito menos do que você imagina.
Neste artigo, você vai descobrir 10 truques práticos e testados que viajantes experientes usam para reduzir custos sem abrir mão da qualidade, segurança ou diversão. Desde a escolha do destino até os gastos diários no local, cada dica foi pensada para caber no bolso de quem quer viajar com consciência financeira — e ainda voltar com histórias para contar.
Se você já adiou uma viagem por achar que “não está no seu orçamento”, prepare-se para mudar de ideia. Vamos mostrar que economizar não significa se privar, mas sim fazer escolhas mais espertas. A seguir, mergulhe nas estratégias que podem transformar seu sonho de viajar internacionalmente em realidade — mais cedo do que você pensa.
1. Escolha destinos com moeda desvalorizada
Um dos segredos mais poderosos para viajar barato é viajar para países onde o real tem mais valor. Enquanto um euro ou dólar pode custar caro no bolso do brasileiro, moedas como o peso argentino, o dólar boliviano ou o baht tailandês oferecem uma vantagem cambial significativa.
Por exemplo, em 2024, o Brasil viveu um período de alta do dólar, o que tornou destinos como Tailândia, Indonésia, México e Colômbia especialmente atrativos. Em alguns desses lugares, é possível se hospedar em hotéis bem avaliados por menos de R$ 100 por noite, jantar em restaurantes locais por R$ 30 e usar transporte público por centavos.
Claro, isso não significa que você deva ignorar a segurança ou a infraestrutura do destino. Mas pesquisar o cenário econômico atual de um país pode revelar oportunidades incríveis. Sites como Numbeo ou Expatistan comparam custos de vida entre cidades do mundo todo — uma ótima ferramenta antes de escolher seu próximo destino.
Além disso, destinos menos óbvios — como a Geórgia (país do Cáucaso), o Vietnã ou o Paraguai — muitas vezes oferecem experiências culturais ricas com custos surpreendentemente baixos. Às vezes, sair do roteiro tradicional é o melhor caminho para economizar e se surpreender.
2. Compre passagens aéreas com antecedência — e no momento certo
Comprar passagem internacional é quase uma ciência. E, felizmente, existem padrões comprovados que ajudam a garantir os melhores preços. A regra geral? Compre com antecedência, mas não cedo demais.
Especialistas recomendam reservar voos internacionais entre 3 e 6 meses antes da viagem. Comprar com menos de um mês de antecedência costuma resultar em tarifas inflacionadas, enquanto reservar com mais de 8 meses pode não trazer vantagens reais — as companhias aéreas ainda não lançaram suas melhores ofertas.
Mas há mais: o dia da semana importa. Estudos mostram que terças, quartas e sábados tendem a ter os preços mais baixos. Além disso, voar em dias menos populares — como terça ou quarta-feira — pode reduzir o custo em até 20%.
Use ferramentas como o Google Flights, Skyscanner ou Momondo para monitorar preços. Ative os alertas de preço e aproveite as “janelas de desconto” que aparecem quando as companhias aéreas precisam preencher assentos vazios.
Dica extra: voos com escalas costumam ser mais baratos que os diretos. Se você não se importa com um tempo maior de viagem, essa pode ser uma forma simples de economizar centenas de reais.
3. Viaje na baixa temporada
Evitar feriados, férias escolares e grandes eventos não só reduz o preço das passagens e hospedagens, como também melhora sua experiência como viajante. Imagine caminhar pelas ruas de Paris sem multidões ou aproveitar praias paradisíacas no Caribe quase sozinho!
A baixa temporada varia conforme o destino. Na Europa, por exemplo, os meses de novembro a março (exceto o Natal) são ideais para quem quer preços mais baixos e menos turistas. Já no Sudeste Asiático, a estação chuvosa (geralmente entre maio e outubro) pode afastar visitantes — mas nem sempre impede de curtir o lugar, especialmente se você planejar bem os dias de passeio.
Além de custos menores, a baixa temporada costuma oferecer atendimento mais personalizado, filas menores em atrações e até descontos em restaurantes e tours. Muitos hotéis oferecem pacotes promocionais para atrair viajantes nesse período.
Claro, vale pesquisar o clima e a segurança local antes de escolher datas. Mas, na maioria dos casos, viajar fora de época é uma das formas mais eficazes de dobrar seu poder de compra no exterior.
4. Use aplicativos e cartões sem IOF ou com cashback
O famoso IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 1,1% sobre compras internacionais pode parecer pequeno, mas pesa no bolso ao longo de uma viagem. Felizmente, hoje existem cartões de crédito e débito internacionais sem IOF — ou com taxas reduzidas — que valem cada centavo.
Alguns bancos digitais, como Nubank, C6 Bank e Inter, oferecem cartões com IOF zero em compras no exterior ou conversão cambial mais justa. Além disso, muitos têm programas de cashback ou pontos que podem ser trocados por passagens ou hospedagem.
Outra dica essencial: nunca aceite pagar em reais no exterior (a famosa opção “dynamic currency conversion”). Sempre escolha pagar na moeda local — o câmbio feito pelo seu banco costuma ser melhor do que o oferecido pelo estabelecimento.
Aplicativos como Wise (antigo TransferWise) também permitem criar contas multimoeda, converter dinheiro com taxas baixas e até usar um cartão pré-pago no exterior com custos transparentes. Isso evita surpresas na fatura e ajuda a controlar seus gastos em tempo real.
5. Opte por acomodações alternativas
Esqueça a ideia de que hotel = luxo e hostel = desconforto. Hoje, o mercado de hospedagem oferece opções criativas e econômicas para todos os perfis de viajante.
Plataformas como Airbnb, Booking.com e Hostelworld permitem filtrar por preço, localização, avaliações e até comodidades específicas (como cozinha compartilhada). Alugar um quarto ou um apartamento inteiro pode sair mais barato que um hotel, além de oferecer mais liberdade — como preparar suas próprias refeições.
Hostels modernos, por sua vez, muitas vezes contam com quartos privativos, áreas de coworking, cafés da manhã inclusos e até eventos sociais. São ideais para quem viaja sozinho ou quer conhecer gente nova sem gastar muito.
Para quem busca ainda mais economia, sites como Workaway ou Worldpackers conectam viajantes a oportunidades de hospedagem gratuita em troca de trabalho leve (como ajudar na recepção de um hostel ou dar aulas de idiomas). É uma forma de imergir na cultura local e economizar ao mesmo tempo.
6. Cozinhe parte das suas refeições
Comer fora todos os dias é um dos maiores vilões do orçamento de viagem. Mas você não precisa se privar da gastronomia local para economizar — basta equilibrar.
Se sua acomodação tiver cozinha (ou até um micro-ondas e geladeira), aproveite para preparar cafés da manhã, lanches ou até jantares simples. Visite mercados locais, supermercados ou feiras livres — além de mais baratos, são ótimos para entender a cultura do lugar.
Por exemplo, na Itália, comprar pão fresco, queijo local e azeite para um piquenique no parque pode custar menos de €10 e ser tão memorável quanto um jantar em um restaurante turístico. No Japão, mercados de rua oferecem ingredientes frescos a preços acessíveis, e cozinhar um ramen caseiro pode ser uma aventura divertida.
Mesmo que você não cozinhe, levar lanches e garrafas de água reutilizáveis evita gastos desnecessários com snacks em aeroportos ou pontos turísticos, onde os preços costumam ser inflacionados.
7. Use transporte público e evite táxis
Táxis e aplicativos de mobilidade (como Uber) são práticos, mas podem drenar seu orçamento rapidamente, especialmente em cidades com tarifas altas. O segredo? Adotar o estilo de vida local.
Na maioria das grandes cidades do mundo, o transporte público é eficiente, limpo e extremamente barato. Um passe diário de metrô em Londres, por exemplo, sai por cerca de £8 — o equivalente a duas corridas de táxi curta.
Baixe os apps oficiais de transporte do destino antes de viajar (como Citymapper ou Moovit) e compre passes antecipados, que costumam oferecer descontos. Em muitos países, estudantes, jovens ou idosos têm direito a tarifas reduzidas — vale perguntar!
Além disso, andar a pé ou de bicicleta não só economiza dinheiro, como permite descobrir cantos escondidos que não estão nos guias turísticos. Muitas cidades europeias, como Amsterdã ou Copenhague, são extremamente amigáveis para ciclistas — e alugar uma bike por um dia custa menos de €10.
8. Aproveite atrações gratuitas e dias sem entrada
Museus, parques, igrejas e centros históricos muitas vezes oferecem entrada gratuita em determinados dias ou horários. Em Paris, por exemplo, a maioria dos museus municipais é grátis no primeiro domingo do mês. Em Nova York, o Metropolitan Museum sugere uma “taxa de contribuição” — você paga o quanto quiser.
Pesquise antes da viagem: muitos destinos têm roteiros gratuitos de walking tours, organizados por guias locais que trabalham com gorjetas. São ótimas formas de conhecer a história da cidade sem gastar nada.
Além disso, a natureza é sempre de graça. Trilhas, praias, mirantes e jardins públicos oferecem experiências incríveis — e zero custo. Em cidades como Vancouver, Cidade do Cabo ou Rio de Janeiro, os atrativos naturais são tão impressionantes quanto os pagos.
9. Compre seguro viagem com inteligência
Seguro viagem é obrigatório em muitos países (como os da Europa Schengen) e essencial em todos. Mas isso não significa que você precise pagar caro.
Compare cotações em sites como Seguros Promo, Real Seguro Viagem ou Mondial. Muitas vezes, seguradoras menores oferecem coberturas similares por preços bem mais baixos. Filtre por cobertura médica, cancelamento de voo e extravio de bagagem — os itens mais importantes.
Além disso, alguns cartões de crédito premium incluem seguro viagem gratuito para o titular e dependentes, desde que a passagem tenha sido comprada com o cartão. Verifique as condições antes de contratar um seguro separado — você pode economizar centenas de reais sem perder proteção.
10. Planeje, mas mantenha flexibilidade
Por fim, o maior truque de todos: planeje com antecedência, mas esteja aberto a mudanças. Viagens baratas muitas vezes surgem de oportunidades inesperadas — uma promoção relâmpago, um erro de digitação em um site de passagens, ou um convite de um amigo que mora no exterior.
Use alertas de preços, siga páginas de ofertas de viagem nas redes sociais e mantenha um fundo de emergência para aproveitar essas janelas. Às vezes, mudar a data em dois dias ou escolher um aeroporto vizinho pode reduzir o custo total em 30% ou mais.
Flexibilidade também significa não tentar ver tudo em uma única viagem. Escolha poucos destinos e explore-os com calma. Você gastará menos com transporte interno, aproveitará melhor cada lugar e voltará com menos estresse — e mais vontade de voltar.
Conclusão
Viajar internacionalmente não precisa ser um sonho distante ou um rombo no orçamento. Com os 10 truques apresentados aqui, você tem um roteiro prático para transformar sua próxima aventura em uma experiência acessível, enriquecedora e inesquecível.
Desde escolher destinos com moeda favorável até cozinhar suas próprias refeições e usar transporte local, cada dica contribui para maximizar seu dinheiro sem sacrificar a qualidade da viagem. O segredo está em equilibrar planejamento com flexibilidade, e curiosidade com consciência financeira.
Lembre-se: viajar não é sobre gastar mais, mas sobre viver mais. E com as estratégias certas, qualquer pessoa pode cruzar fronteiras — mesmo com um orçamento modesto.
Então, qual dessas dicas você vai colocar em prática na sua próxima viagem? Compartilhe nos comentários seu truque favorito para economizar no exterior — ou conte qual destino está nos seus planos! Quem sabe sua experiência não inspira outro viajante a dar o primeiro passo? 🌍✈️
Elena Oliveira é uma entusiasta apaixonada por viagens, boa gastronomia e desenvolvimento pessoal. Movida pela busca constante de novas experiências, ela acredita que explorar o mundo vai muito além de conhecer lugares — é uma forma de evoluir, aprender e se desafiar. Adepta da liberdade financeira e do alto desempenho, Elena vive com propósito, equilibrando trabalho, prazer e autoconhecimento em cada jornada que empreende.
